domingo, 29 de setembro de 2013

O AÇUCAR E SEUS EFEITOS

Sobre o AÇUCAR

A Humanidade evoluiu durante milhares de anos nutrindo-se dos alimentos que a natureza lhe oferecia.
E quais foram os alimentos responsáveis por nossa evolução através dos tempos?
Simplesmente aqueles que estavam ao alcance da mão: frutas, raízes, frutos do mar, aves,ovos, carnes em geral, gorduras e leite.

 O homem depois de descobrir que alimentos lavados na água do mar ganhavam um sabor especial, incorporou o sal à sua dieta. Em contrapartida, verificou que o mel conferia um sabor doce aos alimentos - e este passou a ser o seu adoçante. E assim, como temperos e condimentos, o homem foi selecionando gradualmente o que hoje se tornou requinte nas melhores cozinhas do mundo.
Apesar de na Antigüidade a vida média das pessoas ser menor, devido às duras condições de existência, muitas das doenças que atualmente são quase epidêmicas, naquele tempo eram menos freqüentes, dentre elas as doenças cardiovasculares e o próprio câncer.
Há menos de dez mil anos o homem dominou o cultivo das sementes, dando início à agricultura moderna.
 Há menos de mil anos conseguiu extrair o açúcar da natureza e há pouco mais de 400 anos praticamente universalizou seu consumo. 

Certamente este foi um dos principais fatores da disseminação da obesidade, do diabetes e outras doenças crônicas.
Atualmente a bioquímica humana revela que o coração é dependente de gorduras,proteínas, vitaminas e sais minerais, mas de nem um miligramas sequer de açúcar. Por outro lado o cérebro necessita da glicose proveniente dos alimentos. Por que então não ingerir grandes quantidades de açúcar para nutrir nosso cérebro? A glicose, leia-se o açúcar dos alimentos, não faz mal à saúde.

 O problema está no açúcar refinado. 


Durante o refino, inúmeros produtos químicos são utilizados para que o veneno doce fique branco, bem solto e bonito. Nesta hora, as fibras, os sais minerais, as proteínas e demais nutrientes são eliminados e o que sobra é um produto químico que é apenas calorias vazias. Alem dsito, o consumo de açúcar produz um estado de super acidez que desmineraliza o organismo. O corpo então passa a ter falta de cálcio, magnésio, zinco, cobre e selênio, dentre outros nutrientes.
A sacarose é constituída de duas moléculas, uma de glicose e outra de frutose. A glicose que o açúcar refinado fornece à dieta é supérflua e nociva; a frutose, por sua vez, é a matéria-prima para formar colesterol. Assim, o açúcar refinado contribui duplamente para elevar o colesterol, já que a glicose estimula a produção de insulina e esta sinaliza para maior produção de colesterol pelo fígado.
Para aqueles que consideram o colesterol um verdadeiro assassino culpado pelas doenças cardiovasculares, lembro que tanto a hiper-insulinemia quanto a hiper-glicemiafenômenos exacerbados pelo consumo de açúcar - são fatores maléficos mais importantes do que o colesterol. Por isso há uma tendência entre os médicos a recomendar taxas deglicose abaixo de 100 mg/dl e de insulina inferiores a 8 moUI/ml.
Tornar-se escravo dele é muito fácil, pois sua absorção é extremamente rápida, logo alcançando o cérebro, onde juntamente com a insulina libera triptofano, que se converte em serotonina, a qual tem ação tranqüilizante. Por isso é que quando uma pessoa está nervosa logo se oferece um copo de água com açúcar, que acalma .
Escrito por:

Sérgio Puppin, cardiologista e nutrólogo, é professor do Curso de Geriatria e Gerontologia da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, membro da Academia de Ciências de N ova York e autor dos livros Doenças cardiovasculares.

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